“Sirvam ao Senhor com alegria, apresentem-se diante dele com cânticos.” – Salmo 100.2
Este belíssimo salmo, que nos convida a a adorar ao Senhor e a fazê-lo com alegria, que nos lembra que o louvor a Deus se faz com celebração, que menciona a bondade de Deus como a razão pela qual podemos aclamá-lo, e que trata de nossa identidade como povo dEle, também nos faz uma interessante proposta em relação a nossa postura de servos.
Nesse aspecto, a grande novidade é o fato de ele colocar, lado a lado, serviço e alegria.
E aqui, dois paradigmas são combatidos:
O primeiro está na associação entre contentamento e serviço. Em nossa realidade, no máximo tratamos de satisfação como algo que pode surgir no resultado, na recompensa, no reconhecimento… não no serviço em si. O que o salmista propõe é que encontremos felicidade não nos frutos de nossa semeadura, mas no próprio ato de semear. Inclusive porque (e a vida muitas vezes nos mostra isso) nem sempre a recompensa, o reconhecimento ou o pagamento vêm.
O segundo paradigma está associado à importância do ato de SERVIR. Num mundo onde posição social, status, e proeminência são associados à situação de quem é servido, este texto, à semelhança de diversos outros na Escritura, exalta a posição de quem serve.
Mais tarde, é Jesus quem apresentará esse conceito de forma viva e inesquecível. Inclusive porque o Filho de Deus se dispõe a vir ao mundo “não para ser servido mas para servir…”.
E é em Jesus que encontramos a chave para termos SERVIÇO e ALEGRIA lado a lado: o AMOR.
Quando amamos, servimos com satisfação, independente da recompensa; quando amamos, nosso egoísmo se transforma em altruísmo. Nosso amor prório não dependerá de sermos servidos; nossa realização não virá do reconhecimento ou da recompensa.
Quando amamos, entendemos o que significa SERVIR com ALEGRIA.
Pr. Ney Ladeia
